Quem somos nós

Grupo de pesquisa vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Direito - Mestrado e Doutorado e ao Mestrado Profissional em Direito da Empresa e dos Negócios, ambos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo - RS, com o objetivo de construir e embasar Marcos Regulatórios às Nanotecnologias, inserir o Direito na caminhada tecnocientifica e viabilizar uma fonte de pesquisa para os interessados neste tema.


Integrantes do Grupo:

Prof. Dr. Wilson Engelmann (Líder)

Afonso Vinício Kirschner Fröhlich

Cristine Machado

Daniele Weber Leal

Daniela Pellin

Patrícia dos Santos Martins

Rafael Lima

Raquel von Hohendorff

Patrícia Santos Martins

segunda-feira, 28 de junho de 2010

As Três Tecnologias do Risco Ambiental, pelo Prof. André Weyemüller


3)     Nanotecnologias (continuação)

       Na semana passada abordamos de maneira introdutória a terceira tecnologia de risco ambiental denominada “nonotecnologia”. Vimos que “nano” é uma escala de medida extremamente pequena equivalente a um bilionésimo de metro sendo, portanto, uma escala menor que uma célula. Referimos ainda a visionária palestra de Richard Feynman em 1959, na qual lançavam-se as bases de uma tecnologia que hoje é uma realidade e que no futuro representará uma nova forma de ver o mundo e de se relacionar com os elementos da natureza.
     Tudo indica que vivemos uma realidade de grandes mudanças e de rápido avanço da técnica, sendo que as nanotecnologias podem ser consideradas uma “nova revolução industrial” em face das inúmeras possibilidades que se abrem. Assim como foi com a tecnologia atômica e depois com a genética, importantes melhorias na qualidade de vida foram produzidas. Porém, junto com essas melhorias temos que conviver com todos os aspectos negativos que a técnica ocasiona. É justamente isso que entendemos por “risco”. Conforme tratamos na série de colunas sobre o aquecimento global, a ação transformadora do homem está afetando sensivelmente o clima e produzindo riscos diversos e imprevisíveis. Com as nanotecnologias não é diferente.   
      A possibilidade real de “organizar” átomos da forma como nos for mais útil criando novos materiais e potencializando características positivas, implica em aceitar a imprevisibilidade do futuro repleto de riscos. Já é possível a produção de objetos a partir de estruturas de dimensões extremamente minúsculas, multiplicando as possibilidades de desenvolvimento de novos materiais e tratamentos de saúde nunca imaginados.  Antes de falar nos riscos e benefícios, destaca-se que as principais aplicações das nanotecnologias são: medicina, eletroeletrônica, farmácia, biotecnologia, ambiental entre outras. Nessas áreas, a aplicação das nanotecnologias mostra-se de vasta aplicabilidade prática em benefício do bem-estar.
       Várias descobertas foram feitas a partir de pesquisas com nanotecnologias, entre elas o estudo das nanopartículas de carbono que podem contribuir para uma nova geração de materiais eletrônicos, ímãs de alta potência, rolamentos de dimensões microscópicas e materiais de construção de alta resistência. Uma análise inicial indica que todos esses produtos representam um acréscimo significativo na melhoria das condições de vida quando bem aplicados.
        Possivelmente a área que mais promete em termos de benefícios diretos para a humanidade é a medicina. Pesquisadores americanos já desenvolveram estruturas esféricas de tamanho microscópico que podem carregar medicamentos para serem aplicados diretamente em células cancerígenas. Com essa técnica elimina-se grande parte do risco de afetar as células sadias como ocorre nos tratamentos tradicionais de quimioterapia que apresentam sérios efeitos colaterais. Muitas pesquisas se desenvolvem atualmente e indicam ser possível utilizar pequenos sensores, computadores e aparelhos que permitirão um controle contínuo da saúde dos pacientes dando maior eficácia aos tratamentos.          
        As nanotecnologias são aplicadas também na odontologia. Recente pesquisa na área criou modificações na superfície de implantes em escala nanométrica criando nanocavidades no metal dos implantes. Com essa técnica, se favorece a proliferação e a diferenciação de células ósseas proporcionando uma melhor adesão do metal ao organismo. Na próxima coluna continuaremos no assunto.

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