Quem somos nós

Grupo de pesquisa vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Direito - Mestrado e Doutorado e ao Mestrado Profissional em Direito da Empresa e dos Negócios, ambos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo - RS, com o objetivo de construir e embasar Marcos Regulatórios às Nanotecnologias, inserir o Direito na caminhada tecnocientifica e viabilizar uma fonte de pesquisa para os interessados neste tema.


Integrantes do Grupo:

Prof. Dr. Wilson Engelmann (Líder)

Afonso Vinício Kirschner Fröhlich

Cristine Machado

Daniele Weber Leal

Daniela Pellin

Patrícia dos Santos Martins

Rafael Lima

Raquel von Hohendorff

Patrícia Santos Martins

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Evento no IHU


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Workshop Internacional Nanotecnologia e Sociedade na América Latina


Nos dias 5 e 6 de setembro ocorre o Workshop Internacional Nanotecnologia e Sociedade na América Latina, na Universidade Federal do Paraná. O Profº Dr Wilson Engelmann estará presente representando o Grupo JUSNANO, e irá expor acerca da Regulação da Nanotecnologia no Brasil, no dia 6 de setembro, à tarde.
Mais informações no folder abaixo:

sábado, 15 de junho de 2013

"Sistemas Jurídicos Contemporâneos e Constitucionalização do Direito - Releituras do Princípio da Dignidade Humana"

O Profº Dr Wilson Engelmann, juntamente com a Profª Dr Taysa Schioccet, líder do Grupo  de Pesquisa BioTecJus, anunciam o lançamento do livro no qual são coordenadores, intitulado "Sistemas Jurídicos Contemporâneos e Constitucionalização do Direito - Releituras do Princípio da Dignidade Humana", pela Editora Juruá.

A excelente obra apresenta-se à comunidade acadêmica, construída coletivamente, com espaço para as mais diversas vozes, fruto de profícuos debates ocorridos nos seminários intitulados Transformações Jurídicas nas Relações Privadas e Sistemas Jurídicos Contemporâneos. Essas diferentes vozes se harmonizam em torno de um tema comum: pesquisar e refletir sobre os limites e possibilidades do princípio da dignidade humana a partir de diferentes problemáticas, encontrando espaço para questões como: laicidade, gênero, meio ambiente, povos indígenas, proteção de animais humanos e não humanos, biotecnologia, nanotecnologia, bem como, temas emergentes em países de cultura muçulmana e asiática, os quais tornam evidente inclusive a dinâmica e a complexa relação entre os discursos legitimadores das culturas ocidental e oriental.

Não se entrega apenas um conjunto de referências catalogadas em diferentes textos, mas, sim, o convite para um diálogo em diferentes temas que, em comum, abordam o princípio da dignidade humana, a partir das transformações nas relações ocorridas no sistema jurídico contemporâneo. Esse diálogo se dá entre diferentes autores e, espera-se, diferentes leitores, para que o seu objetivo seja alcançado, qual seja, promover o conhecimento em espiral, em rede, conectando diversos saberes. Eis o intento de, quiçá, surgirem flores na caatinga e que a sombra dos juazeiros não signifique o compasso de espera do Direito, mas, sim, o seu fôlego para, cada vez mais, contribuir com o conhecimento.

Um dos colaboradores é Guilherme Cherutti, bolsista de Iniciação Científica do Grupo Jusnano, que desenvolveu um dos artigos juntamente com o Profº Wilson Engelmann.

A obra já pode ser adquirida em livrarias e no site da Editora: http://www.jurua.com.br/shop_item.asp?id=23072

X Seminário Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente

Entre os dias 14 a 18 de outubro de 2013 ocorrerá, no Departamento de Metalurgia da Escola Politécnica da USP, o X Seminário Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente - Seminanosoma.

Para tanto, está aberta a chamada para apresentação de propostas de pôsteres para o evento.
Seguem informações para submissão:

 SESSÃO 1)    Apresentação de análise de conteúdo e/ou discurso fazendo uma revisão e análise crítica das entrevistas apresentadas em pelo menos três programas nanotecnologia do avesso. Cera de 200 destes programas estão disponíveis no site da Rede Brasileira de Pesquisas em Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente – RENANOSOMA -  neste endereço : www.nanotecnologiadoavesso.org.  Click em programas de tv anteriores e faça a seleção de programas que abordem uma mesma temática.

SESSÃO 2)   Apresentação de outros trabalhos de pesquisas que abordem a temática Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente.  

Os trabalhos enviados para os dois tipos de sessões devem ser inscritos em um dos seguintes eixos:
      1)      Comunicação da nanotecnologia
      2)      Nanotecnologia e educação escolar
      3)      Participação pública em nanotecnologia
      4)      Regulação da nanotecnologia
      5)      Políticas Públicas de Nanotecnologia
      6)      Nanotecnologia e trabalho
      7)      Nanotecnologia e agricultura
      8)      Nanotecnologia, seus riscos e implicações sociais, legais e éticas
      9)      Novos materiais, dispositivos e produtos com nanotecnologia
      10)  Eventos sobre nanotecnologia e sociedade
Além desses dez eixos, poderão ser submetidos trabalhos em outras temáticas que se enquadrem na problemática geral nanotecnologia, sociedade e meio ambiente.

Apresentação de resumos e pôsteres
O resumo terá extensão de duas páginas, em letra Times New Roman 12, margens 2,5, espaço 1,5, e nele deverá ser explicitado: título, autor(es), instituição, correio eletrônico, orientador (em caso de ser trabalho de Iniciação Científica, mestrado ou doutorado), objetivos, hipótese, metodologia utilizada, principais resultados do trabalho e referências.
O resumo deverá ser enviado ao e-mail  marpaulo1@uol.com.br  até o dia 15 de Agostos de 2013. A relação dos trabalhos aceitos será comunicada em 1 de  Setembro de 2013.

O conteúdo do resumo deve ser sintetizado e bem organizado visualmente para a apresentação do pôster. Recomenda-se a dimensão de 1,00 m de altura por 90 cm de largura.

Mais informações podem ser obtidas no seguinte endereço eletrônico: http://www.nanotecnologiadoavesso.org/

domingo, 9 de junho de 2013

Participação do JUSNANO em Congresso da ANEC

O Profº Dr. Wilson Engelmann, representando a Escola de Direito UNISINOS e o Grupo JUSNANO, participará do II Congresso Nacional de Educação Católica da ANEC, que ocorrerá na sede da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil, em Brasília.

O trabalho a ser apresentado é intitulado "A Pesquisa Jurídica frente à Nanotecnociência: a dialética da 'pergunta e resposta' como condição de possibilidade para construir o caminho em direção ao Diálogo entre as Fontes permeado pelos Direitos Humanos".

Todos os trabalhos serão publicados em anais do evento.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

1º Wokshop de pesquisas em Tecnologias avançadas da Escola Politécnica da UNISINOS

 Ocorre no dia 29 de maio, no auditório Sérgio Concli Gomes, na UNISINOS, o 1º Wokshop de pesquisas em Tecnologias avançadas da Escola Politécnica da UNISINOS.

Serão debatidos temas como sustentabilidade, meio ambiente, politécnica, computação, sistemas elétricos e mecânicos, física e nanotecnologia.

Destaca-se a fala do professor Drº Wilson Engelmann, que tratará das "Nanotecnologias no Cenário Jurídico Contemporâneo: regulando o invisível (?) a partir do modelo de inovação de quatro hélices"

Segue abaixo o folder do evento com mais informações:



quinta-feira, 9 de maio de 2013

Aquecimento global: as mudanças climáticas ao longo da história da Terra e suas implicações para o futuro humano


O Instituto Humanitas Unisinos – IHU informa e convida a participar da palestra Aquecimento global: as mudanças climáticas ao longo da história da Terra e suas implicações para o futuro humano, atividade que o Instituto proporcionará no dia 7 de maio.

Dando continuidade ao I Seminário – XIV Simpósio Internacional IHU, na próxima terça, 7 de maio, o professor Ernesto Lavina, do PPG em Geologia, realizará uma análise sobre os impactos dos novos modos de produção sobre a vida humana e o planeta, procurando compreender também as consequências das mudanças climáticas para o futuro humano.

A palestra é gratuita e as inscrições podem ser feitas pelo site http://www.ihu.unisinos.br/eventos/agenda/348-. Contudo, caso possa participar com alguma turma ou grupo de pesquisa, não é necessária a realização da inscrição (pois os alunos assinam a chamada). Pedimos apenas que confirme a presença por telefone (51 – 3590 8247) ou pelo e-mail (humanitas@unisinos.br).

sábado, 27 de abril de 2013

Painel de Especialistas


Profº Dr Wilson Engelmann foi convidado a participar do Painel de Especialistas sobre Prospecção e Difusão das informações para avaliação e regulamentação das Nanotecnologias aplicadas à Agricultara, financiado pelo CNPq, EMBRAPA e Rede AgroNano.

O evento ocorrerá em maio, em Campinas, SP. O objetivo é reunir especialistas da academia com a finalidade de formular um documento (carta de intenções) contendo sugestões de protocolos de segurança para serem utilizados para avaliação dos riscos ecotoxicológicos das nanotecnologias na agricultura e que possam auxiliar o desenvolvimento de um processo regulatório da Nanotecnologia no Brasil. Para tanto, serão propostas palestras para embasar a discussão com vistas a avaliar as informações técnicas sobre os aspectos ecotoxicológicos em áreas relevantes da nanotecnologia que possam causar algum risco ou impacto na agricultura através da confrontação da legislação atual e sua eficácia no atendimento aos requisitos para avaliar a segurança dos produtos nanotecnológicos.

Segue abaixo folder do evento:






quinta-feira, 4 de abril de 2013

INTEGRANTES DO GRUPO DE PESQUISA JUSNANO APRESENTARÃO TRABALHO EM CONGRESSO INTERNACIONAL


O Prof. Wilson Engelmann e a sua orientanda de mestrado Raquel Von
Hoendorff apresentarão o trabalho intitulado "Nanotechnology as a
Privileged Example of Technological Innovation: Building Foundations for
the Design of the “Quadruple Helix” ", no 22º International Conference
on Management of Technology: Science, Technology and Innovation in the
emergingo markets economy - IAMOT 2013 - Brasil.
O evento ocorrerá no Hotel Plaza São Rafael, entre os dias 14 e 18 de
abril. A apresentação dos integrantes do Grupo de Pesquisa JUSNANO
ocorrerá no dia 15 de abril, entre as 14h e 16h, no room 5, MO 3.5,
Track 17: Emerging Technologies: emerging high technology.
Mais informações poderão ser obtidas na página do evento:
http://www.iamot2013.com/. "

sábado, 23 de março de 2013

PROFESSOR E PESQUISADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DA UNISINOS PARTICIPARÁ DO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL


O Prof. Dr. Wilson Engelmann, líder do Grupo de Pesquisa JUSNANO,
participará, entre os dias 26 e 30 de março de 2013, do Fórum Social
Mundial, que ocorrerá em Túnis, Capital da Tunísia. Entre as diversas
atividades, destacam-se aquelas relacionadas às nanotecnologias, onde o
Prof. Wilson participará e apresentará os resultados parciais do Projeto
de Pesquisa intitulado "Nanotecnologias aplicadas aos alimentos e aos
biocombustíveis: reconhecendo os elementos essenciais para o
desenvolvimento de indicadores de risco e de marcos regulatórios que
resguardem a saúde e o ambiente" desenvolvido por meio da Rede
Nanobiotec-Brasil, com recursos financeiros da CAPES. Além do Prof.
Wilson, outros pesquisadores vinculados a este projeto participarão das
atividades relativas às nanotecnologias. As atividades sobre o tema das
nanotecnologias ocorrerão no dia 28 de março (veja a programação logo a
seguir).

NO BRASIL, AS ATIVIDADES DO FÓRUM PODERÃO SER ACOMPANHADAS por meio do
link: 
https://new.livestream.com/accounts/2667579

EM PORTO ALEGRE, as atividades poderão ser assistidas no auditório da
FUNDACENTRO-Rio Grande do Sul:
 Endereço: Av. Borges de Medeiros, 659 / 10º andar, Centro Histórico,
Porto Alegre
 Informações: Luís Renato Andrade
 Telefone: 
(51) 3225-6688
 E-mail: 
luis.andrade@fundacentro.gov.br

 Serão duas as atividades programadas, ambas para o dia 28/03:

 ATIVIDADE 1: ENGAJAMENTO PÚBLICO EM NANOTECNOLOGIA
 Horário: das 09h as 11h30 (hora de Brasília)

 ATIVIDADE 2: REGULAÇÃO EM NANOTECNOLOGIA
 Horário: das 12h as 14h30 (hora de Brasília)


segunda-feira, 11 de março de 2013

Tratamento de câncer e outras doenças ganha impulso com a nanotecnologia


Por Samuel Antenor

Agência FAPESP – A nanotecnologia, utilizada na medicina para diferentes tratamentos de saúde, tem se tornado indicada para o combate a doenças que vão do câncer de pele ao mal de Parkinson e de Alzheimer, graças ao desenvolvimento de novas técnicas para sua aplicação.
Uma série de pesquisas realizadas pelo Grupo de Fotobiologia e Fotomedicina do Centro de Nanotecnologia e Engenharia Tecidual da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, tem resultado em diferentes possibilidades de tratamento, viáveis técnica e economicamente.
Várias dessas inovações, que utilizam nanomedicamentos em conjunto com a aplicação de luz sobre os tumores, foram apresentadas por Antonio Claudio Tedesco, coordenador das pesquisas, durante o evento “Fronteras de la Ciencia – Brasil y España en los 50 años de la FAPESP.
O simpósio integra as comemorações dos 50 anos da FAPESP e reuniu, de 10 a 14 de dezembro, nas cidades de Salamanca e Madri, pesquisadores do Estado de São Paulo e de diferentes instituições de ensino e pesquisa do país ibérico.
Nas pesquisas apresentadas por Tedesco, destacam-se as que utilizam partículas metálicas nanoestruturadas para a melhoria de diagnósticos feitos por imagens, além da construção de próteses de alta eficiência, parte delas envolvendo células-tronco voltadas para a aplicação na engenharia tecidual, para regeneração de vasos sanguíneos, por exemplo.
“A nanotecnologia, com o desenvolvimento de novos sistemas de veiculação de fármacos, tem permitido que moléculas antes usadas para o tratamento de determinados tipos de patologias possam ser redesenhadas e utilizadas com novas funções”, disse à Agência FAPESP o pesquisador que coordena um Projeto Temático sobre o tema apoiado pela FAPESP.
De acordo com Tedesco, a combinação de fotoprocessos utilizando nanotecnologia à administração de fármacos, de maneira intravenosa ou tópica, é realidade para tratamentos de cânceres de pele, que em 80% dos casos não são melanômicos, ou seja, podem ser tratados por essa terapia. O mesmo tipo de tratamento, no entanto, não se aplica ao melanoma que, por ser uma lesão pigmentada (de cor escura), absorve todos os comprimentos de onda luminosa visível.
“Normalmente, com uma única aplicação, em 98% dos casos a doença desaparece, sem cirurgia e dispensando tratamentos como radioterapia ou cirurgia. O custo desse tratamento é muito baixo, equivalente a R$ 70 a cada três aplicações, o que o torna uma opção viável para ser aplicado nesse tipo de neoplasia”, disse Tedesco.
O material desenvolvido pelo laboratório na USP de Ribeirão Preto está patenteado desde 2002 e abrange, além da molécula, também seu processo de aplicação.
“Desenvolvemos um fármaco clássico nanoestruturado, o ácido aminolivulínico e seus derivados, ambos aprovados pelo FDA [Food and Drug Administration], órgão responsável por sua aprovação nos Estados Unidos. Esse mesmo tipo também é aprovado e utilizado na Europa e Japão”, disse.
Atualmente, já existem fármacos de segunda e terceira geração para esse tipo de aplicação aguardando o uso em fase clínica.
Histórico abrangente
Na área de oncologia, as pesquisas do Centro de Nanotecnologia e Engenharia Tecidual da USP surgiram especificamente com a utilização de fotoprocessos, aliados à nanotecnologia como forma de veicular essas moléculas e provocar sua interação com as células neoplásicas de forma sítio-específica, ou seja, com ação direta sobre o tumor.
“No caso de neoplasias, usamos pigmentos [moléculas naturais ou sintéticas] ativados pela luz visível, que se distribuem por todas as células, garantindo que as células cancerosas possam ter um acúmulo maior dessa molécula, que é o objeto desse tipo de fotoativação. Com a nanotecnologia, a tecnologia farmacêutica passou a contar com vários sistemas que permitem aumentar a especificidade da partícula que carrega o fármaco para a célula neoplásica”, disse Tedesco.
De acordo com o pesquisador, um percentual de células sadias acaba marcado durante o processo, que só funciona terapeuticamente quando há conjunção com a fotoativação luminosa.
“A luz é aplicada após o tempo de biodistribuição do fármaco na lesão, que varia para cada tipo de tumor e molécula usada e desencadeia a ação da molécula, produzindo uma grande quantidade de radicais livres num curto espaço de tempo”, disse
Esse choque de radicais livres é o que leva, segundo apontam as pesquisas, a uma resposta biológica, que ocorre na chamada fase escura, após a iluminação, que acontece em um tempo muito curto.
Com as novas gerações de moléculas, que se instalam mais rapidamente na lesão, o tempo necessário para a ação do tratamento também está diminuindo. De fato, trata-se de uma série de eventos bioquímicos, fotoquímicos e fotobiológicos que leva, em última instância, à destruição da massa tumoral.
O processo envolve a aplicação da medicação seguida da aplicação de luz exatamente sobre o tumor, para a fotoativação do medicamento. Segundo Tedesco, a técnica é segura, porque mesmo se um tecido saudável absorver parte da molécula veiculada não haverá qualquer alteração, pois a molécula, sem a posterior aplicação de luz, acaba biodegradada.
Em oncologia, a nanotecnologia abriu uma nova frente de veiculação de fármacos, embora, para Tedesco, o uso sistêmico da nanotecnologia aliada a fotoprocessos ainda esteja em fase inicial em novas áreas.
“Estamos iniciando os estudos para aplicações desse procedimento em órgãos como bexiga, próstata e útero, ou seja, em órgãos que permitem a iluminação por cavidade”, disse.
Possibilidades de tratamento
Em sua exposição em Salamanca, outros focos de pesquisa também foram apresentados por Tedesco, como o estudo das doenças do sistema nervoso central, no qual o grupo da USP em Ribeirão Preto está atualmente focado.
“Desenvolvemos um sistema proteico polimérico para veiculação que permeia a barreira hematoencefálica, o que abre novas possibilidades, pois essa barreira é extremamente seletiva. Com esse sistema, há um reconhecimento da proteína e a barreira se abre, permitindo que o fármaco incorporado penetre no cérebro”, disse.
O conhecimento sobre nanotecnologia e fotoativação em oncologia está agora sendo direcionado pelo grupo de pesquisas ao estudo de outras doenças, como Alzheimer e Parkinson.
“Neste momento, buscamos desenvolver novos desenhos nanométricos para fármacos clássicos para o tratamento do mal de Parkinson, em conjunto com a Santa Casa de São Paulo e a Universidade de Brasília, e para o tratamento da epilepsia, em conjunto com a Universidade Federal de São Paulo”, contou Tedesco.
A técnica também está sendo usada para a regeneração de vasos sanguíneos, pois áreas que desenvolvem tumores fazem com que os vasos ao seu redor tornem-se mais porosos.
“Em casos de angiogênese, quando o vaso cresce em direção ao tumor, precisamos desenvolver sistemas nanoestruturados antiangiogênicos para o restauro do vaso. Essas alterações, que debilitam os vasos pelo crescimento do tumor, fazem com que o medicamento usado nos tratamentos por quimioterapia ou fototerapia seja extravasado e não chegue à massa tumoral, daí a necessidade de regeneração dos mesmos”, disse Tedesco.
Além de impedir o crescimento de vasos em direção ao tumor, a técnica permite restaurar os vasos porosos, fazendo com que o medicamento quimioterápico chegue ao tumor com exatidão, além de possibilitar sua remoção cirúrgica de forma mais segura.
“A nanotecnologia funciona na veiculação dos fatores antiangiogênicos (peptídeos e proteínas), que são a mesma classe de moléculas que aportamos no desenvolvimento de sistemas de veiculação de fármacos usados no tratamento de doenças do sistema nervoso central, ou seja, tudo está relativamente interrelacionado”, explicou.
A novidade está na parte da engenharia tecidual. “A partir do momento em que conseguimos entender como a luz visível, em combinação com o fármaco veiculado de forma nanoestruturada, modula a resposta tecidual, podemos fazer com que aquele tecido apresente um processo de cicatrização mais rápido, ou que uma pele implantada em um paciente que sofreu queimadura passe a ter uma integração mais rápida com o tecido que a recebe, que é essa nova linha de fotobiomodulação”, disse Tedesco.
Desse modo, o mesmo fármaco, em doses menores e com diferentes tempos de aplicação da luz, levaria à regeneração do tecido, ou seja, pode-se acelerar o fechamento cicatricial utilizando o mesmo tratamento utilizado para o câncer.
“Estamos entendendo como funciona a fotobiomodulação, porque é um modelo extremamente complexo”, disse Tedesco.
Apesar das novas aplicações, a base da pesquisa continua a mesma: a nanotecnologia aliada ao uso da luz visível e do fármaco fotossensível, em busca de respostas moduladas. Nessa linha de trabalho, a mais recente incursão do grupo de Tedesco é a pesquisa que envolve células-tronco, na qual se busca modular processos de diferenciação celular.
“A nanotecnologia e o fotoprocesso estão se tornando ferramentas para ampliar as possibilidades de tratamento. A ideia agora é discutir cooperações internacionais para avançarmos nessas pesquisas e suas aplicações”, disse Tedesco.

Audiência Pública sobre Nanotecnologia

Em dezembro de 2012, o prof. Wilson Engelman participou, em Brasília, da Audiência Pública sobre a atual situação da Nanotecnologia em território nacional.
Mais detalhes sobre essa importante ação, que reuniu não apenas o líder do Grupo JUSNANO - considerado hoje um dos maiores entendedores do tema -, mas também diversos outros interessados e envolvidos na área, podem ser encontrados nas reportagens do Jornal J.U Online e Revista PROTEÇÃO, nos respectivos links abaixo.