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Quem somos nós
Grupo de pesquisa vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Direito - Mestrado e Doutorado e ao Mestrado Profissional em Direito da Empresa e dos Negócios, ambos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo - RS, com o objetivo de construir e embasar Marcos Regulatórios às Nanotecnologias, inserir o Direito na caminhada tecnocientifica e viabilizar uma fonte de pesquisa para os interessados neste tema.
Integrantes do Grupo:
Prof. Dr. Wilson Engelmann (Líder)
Afonso Vinício Kirschner Fröhlich
Cristine Machado
Daniele Weber Leal
Daniela Pellin
Patrícia dos Santos Martins
Rafael Lima
Raquel von Hohendorff
Patrícia Santos Martins
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Diálogos entre Nanotecnologias, Direito Ambiental e Direitos Humanos
Caros amigos, colegas, professores e participantes do blog:
dando continuidade ao trabalho desenvolvido na semana passada, penso que seja oportuno trazer uma notícia do Jornal Estadão denominada de "Estudo chinês documenta mortes por nanotecnologia". Segue transcrita:
"Sete mulheres ficaram doentes, e duas morreram, depois de inalar partículas de 30 nanômetros"
HONG KONG - Sete jovens chinesas sofreram danos permanentes aos pulmões e duas delas morreram depois de trabalhar durante meses, sem proteção, numa fábrica que tintas que usava nanopartículas, informam cientistas chineses. Eles afirma que o seu estudo é o primeiro a documentar malefícios causados por nanotecnologia na saúde humana. Testes com animais já haviam mostrado o risco das nanopartículas para os pulmões de ratos.
Ainda não encontrei mais detalhes sobre o acontecimento. Devemos, é claro, para poder afirmar categoricamente o acontecimento, detectar as possíveis causas das mortes.
Porém, trago a notícia a título ilustrativo dos possíveis riscos, consolidando, assim, o que temos defendido através do princípio da precaução. Tenho o objetivo, nos próximos ensaios, de trazer à baila temas como a sociedade de risco (com embasamento teórico de Ulrich Beck e Anthony Giddens) e também algumas considerações sobre os princípios, mormente esse viés ambiental do princípio da precaução.
Voltando, ainda sobre os riscos, acredito ser interessante as considerações seguintes sobre o acontecimento da China:
"Esses casos trazem a preocupação de que exposição prolongada às nanopartículas, sem medidas de proteção, possa estar relacionada a danos graves aos pulmões humanos", escreveu Yuguo Song, do departamento de medicina ocupacional e toxicologia clínica do Hospital Chaoyang de Pequim, em artigo publicado no European Respiratory Journal.
Mas um especialista do governo americano afirmou que o estudo é mais uma demonstração de perigos ocupacionais do que evidência de que nanopartículas seriam mais perigosas que outros produtos usados na atividade industrial.
A nanotecnologia é uma indústria importante. Um nanômetro é um bilionésimo de um metro, e nanopartículas medem de 1 a 100 nanômetros.
Essa tecnologia é usada em produtos como artigos esportivos, pneus, cosméticos e revestimentos. Estima-se que esse mercado movimentará US$ 1 trilhão até 2015.
"O diâmetro diminuto significa que podem penetrar as barreiras naturais do corpo, particularmente por contato com pele machucada ou por inalação ou ingestão", escreveram Song e colegas.
Eles disseram que as sete mulheres trabalharam de cinco a 13 meses na fábrica, jateando tinta em placas de poliestireno antes de começarem a apresentar dificuldades respiratórias e marcas vermelhas no rosto e nos braços.
Elas inalaram fumaça e vapores que continham nanopartículas enquanto trabalhavam na fábrica, disse Song.
Segundo o artigo, médicos encontraram um excesso de fluido nas cavidades em torno dos pulmões e do coração das mulheres. O tecido dos pulmões continha nanopartículas de cerca de 30 nanômetros de diâmetro - o que bate com o material que autoridades sanitárias encontraram na fábrica.
Duas das mulheres morreram depois de dois anos trabalhando na fábrica, e as outras cinco não apresentaram melhora, embora não lidem mais com nanopartículas. É impossível remover esses materiais uma vez que tenham penetrado nas células pulmonares, disse Song.Allen Chan, um patologista da Universidade Chinesa de Hong Kong, que não tomou parte no estudo, disse que o resultado é significativo, e que demonstra que os trabalhadores precisam de proteção ao lidar com nanotecnologia.
Clayton Teague, que chefia o Gabinete Nacional de Coordenação de nanotecnologia dos Estados Unidos, destacou que as mulheres afetadas trabalhavam com uma pasta que continha nanopartículas numa sala pequena, sem ventilação, e só usavam máscaras de proteção ocasionalmente. "Pelo que sabemos, essa tragédia poderia ter sido evitada com técnicas adequadas de higiene industrial".
As informações retrocitadas foram retiradas do sítio: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,estudo-chines-documenta-mortes-por-nanotecnologia,421451,0.htm.
Ainda não conseguimos maiores detalhes sobre o ocorrido. Precisamos de alguns estudos técnicos a respeito do tema.
Deixo, assim, aberto - pedindo a colaboração de vocês na busca de esforços intensivos e transdiciplinares para o preenchimento das lacunas, seguindo abaixo o email para contato.
Agradeço pelo carinho e atenção de todos.
André Stringhi Flores
Grupo Jusnano
Membro do Grupo Jusnano. Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UNISINOS.
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